Isso escrito é sobre um lutador, desregrado, cheio de vícios e irritantemente talentoso
As pessoas precisam de definições resumidas, para entenderem de maneira mais fácil os outros e a si mesmas. Resumir os outros é uma especialidade muito comum hoje em dia.
Então para facilitar o entendimento de quem vê de fora o esporte de combate, vou dar três definições resumidas de competidores de combate.
Atleta de combate: Aquele que vive de maneira atlética, que faz treinos regulares mesmo sem competições marcadas, faz treinos específicos para cada adversário que tem compromisso marcado, suplementa, se alimenta bem. E, consegue com sacrifício ou não, viver de maneira direcionada ao esporte de combate.
Aventureiro: Normalmente, mas com exceções, um artista marcial ou brigão de rua, que tem vontade de competir, faz uma, no máximo duas lutas que independente do resultado, não se identifica com a competição e abandona.
O lutador: O que sente o prazer da luta, a pessoa que é sua melhor versão quando tem uma luta agendada ou aceita lutar a qualquer hora em qualquer evento em qualquer peso, um tipo cada vez mais raro no esporte de combate, quando em qualquer canto se faz um novo campeão de algum evento, e lutadores são campeões de sua próprias apenas podendo lutar.
Isso escrito é sobre um lutador, desregrado, cheio de vícios e irritantemente talentoso. Um dos socos mais pesados que já recebi. Lutamos ao todo, quatro vezes no MMA profissional, inclusive sua luta de estreia no MMA foi contra mim.
Meu amigo e amigo de quase todos que o cercam, Daniel “Baiano”, um lutador controverso, criticado por tantos outros atletas que não aceitariam a metade dos desafios que o próprio Daniel se jogou na maioria das vezes.
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Daniel tem como inimigo os inimigos de seus amigos, comprando a briga por qualquer um que lhe abraça, e seu maior inimigo, o álcool…
Esse já o derrotou algumas vezes, das quais ele assumidamente venceu e outras vezes se deixa vencer.
Criticar o talento posto fora pela inconsistência da disciplina é muito válido, porém, medir o caminho de outros homens com a régua da Faber Castell que herdamos de nossas famílias, é injusto.
O melhor que podemos com aquilo que temos em mãos! Meu amigo Daniel “Baiano” que é natural de Bagé é o melhor pai que pode, o melhor lutador que pode e o melhor amigo que pode com aquilo que o álcool deixa ele manter em suas mãos, para mim, como amigo, como meu duro adversário, o suficiente para ter meu respeito completo.
O que um lutador faz depois que para de lutar? Leia aqui.
*Esse texto não reflete necessariamente a opinião do Peleia MMA
Daniel baiano e demais mano. Encara qualquer luta, nao abaixa pra ninguém talento raro.