A dura realidade amadora dos pequenos eventos e do atleta profissional
É interessante se propor ao diálogo sobre o que te torna profissional em determinado assunto. Algumas pessoas podem pensar que o adjetivo se refere a domínio em algo específico.
No dicionário a definição é:
“Não amador, cuja atividade é exercida como profissão, trabalho e fonte de renda.”
A grande maioria dos atletas de MMA que já tive a oportunidade de conhecer, sejam eles ranqueados no tapology.com ou não, infelizmente não tinham o esporte como fonte de sustento, acabando sempre mantendo uma profissão CLT em paralelo aos treinos e a rotina de preparação física. Nesse ponto temos uma grande janela de problemas que precisam ser sanados, vamos tentar elucidar qual motivo pode ser oriundo dessa dura realidade.
As bolsas pagas aos atletas no circuito nacional, mal pagam as despesas de Camp e transporte do atleta e equipe, por vezes é um evento pequeno custeado pelos próprios organizadores que muitas vezes precisam arcar com os custos do próprio bolso, aplicando toda força que tem pra poder fomentar a cena e os atletas terem onde lutar, outrora falta apoio, incentivo de investidores e patrocínio de grandes grupos corporativos, afinal o Brasil é berço de fenômenos nesse esporte desde sua origem, as possibilidades de representar esse grupo nacional e internacionalmente são grandes. O Brasil e o BJJ se entrelaçam com a história desse esporte em vários sentidos.
Pode ser bonito usar frases prontas como:
“Trabalhe com o que ama e você nunca vai precisar trabalhar.”
Mas isso não põe o pão na mesa, não paga a conta de luz e água. Será que um dia teremos ligas regulamentando esse esporte, como ocorre no futebol e basquete por exemplo?
Espero que nos próximos anos, com muita esperança e paixão por esse esporte, esse não seja mais apenas um adjetivo para dar credibilidade a um atleta, mas a fonte de recurso pro sustento da sua prole.
Realmente difícil praticar sem plano B.
Praticar esporte de alto nível no Brasil.
Temos muitos heróis nacionais que venceram apesar do vento contrário ou através de investimento autônomo das famílias ou organizações não governamentais.