Muitos lutadores reclamam de dores na lombar, então vamos entender as causas desse desconforto.
Dor Lombar
Um dos mais importantes fatores relacionados com a lombalgia é a sobrecarga biomecânica sobre a coluna.
A coluna de um atleta, sujeita a repetida atividade extenuante (não além do ponto de causar lesão), responde através do desenvolvimento de hipertrofia óssea, com um córtex vertebral mais espessado e um sistema trabecular mais denso, dando ao corpo vertebral e às lâminas terminais uma resistência maior ao colapso. Mesmo os atletas de alta performance, apresentando essa condição diferenciada em relação à coluna, não estão isentos de sofrerem de lombalgia. A resposta da coluna em relação à isso dependerá da sua condição preexistente.
Forças excessivas podem provocar estresse nas estruturas internas de sustentação e movimento da coluna lombar e tronco, levando a fadiga e falência tecidual, pois cada vértebra une-se por meio de discos intervertebrais, uma estrutura fibrocartilaginosa, além do disco a coluna vertebral é sustentada pela presença de ligamentos e músculos.
Estudos recentes direcionam, com clareza a relação sobrecarga e lombalgia e os efeitos das forças desenvolvidas durante os treinos. Por contração do diafragma, as forças de tração atuam na porção anterior da coluna lombar, em sentido cranial.
Atletas de alta performance exigem uma extensão forçada desse seguimento vertebral, e apresentam maior incidência de lesões das apófises vertebrais, fato destacado em profissionais de MIXED MARTIAL ARTS (MMA), esporte que combina técnicas de artes marciais como as do JUDÔ, KARATÊ, JIU-JITSU, MUAY-THAI, BOXE, KICKBOXING E WRESTLING.
Dor lombar (lombalgia) é a designação dada a um processo doloroso que se instala na cintura pélvica. Isso porque a dor está ligada a uma agressão ao ramo nervoso. Com base em evidências científicas, pode-se constatar que existe uma forte ligação entre a região que há dor, o suporte de peso corporal e o movimento. A região lombar suporta o peso corporal e tem relativa mobilidade, mas os discos intervertebrais ficam suscetíveis, devido à sua posição oblíqua, à força de cisalhimento, que, na torção do tronco, causa rupturas no ângulo.
Lombalgias podem ser definidas com base na duração dos sintomas:
- aguda (7 dias ou menos);
- subaguda (uma semana a três meses)
- crônica (três meses ou mais).
Lembrando que a prevenção é a melhor maneira de manter a saúde da coluna vertebral.
Bibliografia
Greve JMD. Reabilitação nas algias vertebrais. Acta Ortop Bras 2016
Na Henson A. Towards a better understanding of low-back pain 2018
Rosenthal M. Lombalgia aguda. São Paulo: Manole; 2015. P.67.
Sobre Margarete Bernstein
Quiropraxista – ABQ 1039 – Pós Graduação em Cinésiologia Biomecânica e Treinamento Desportivo e Pós Graduação em Reabilitação de Lesões e Doenças Musculoesqueléticas. Atendendo em Porto Alegre – RS, maiores informações e agendamentos pelo telefone 51 99934-2411 ou clique aqui.